terça-feira, 6 de janeiro de 2015

“Eu apoio a amamentação.” Será mesmo?


6 de janeiro de 2015

Quando João nasceu, fomos a uma pediatra formada pela Unicamp, que atendia em Campinas.

Eu estava amamentando João quando ela chegou para nos atender.

Não havia local reservado para amamentar e o consultório era pequeno. A porta de entrada para a sala da médica estava no meio da minúscula sala de espera. Quase tropeçando em mim e no bebê e já entrando em sua sala, ela disse, com ar de pressa: “Entre.” Entre? Já? Mas eu acabara de colocar o bebê para mamar. Ela sabia da minha luta gigantesca para fazer meu filho mamar e ganhar peso. Tirei o João do peito e entrei. Eu pensava que precisava daquela consulta justamente para conseguir amamentar.

Quanta hipocrisia! Tanto na sala de espera quanto na sala da pediatra havia um cartaz dizendo: “Eu apoio a amamentação.” Ela também sugeriu que eu usasse fórmula, enquanto o leite não descia. Havia só colostro... O pior profissional é aquele que diz ser o que não é. Não diga nada. Ou então, diga: “Eu apoio a fórmula infantil.” Sim, eu sei. A fórmula deixa a vida de alguns pediatras bem mais fácil, o bebê engorda; e o consultório cheio, o bebê adoece.


Não voltei mais naquele consultório. Primeiro, porque a despeito da falta de estímulo e orientação daquela pediatra, eu aprendi a amamentar. Segundo, porque sendo amamentado, meu filho não adoeceu.  


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