Quando João nasceu, fomos a uma pediatra formada pela
Unicamp, que atendia em Campinas.
Eu estava amamentando João quando ela chegou para nos
atender.
Não havia local reservado para amamentar e o consultório era
pequeno. A porta de entrada para a sala da médica estava no meio da minúscula sala
de espera. Quase tropeçando em mim e no bebê e já entrando em sua sala, ela
disse, com ar de pressa: “Entre.” Entre? Já? Mas eu acabara de colocar o bebê para mamar. Ela
sabia da minha luta gigantesca para fazer meu filho mamar e ganhar peso. Tirei
o João do peito e entrei. Eu pensava que precisava daquela consulta justamente
para conseguir amamentar.
Quanta hipocrisia! Tanto na sala de espera quanto na sala da
pediatra havia um cartaz dizendo: “Eu apoio a amamentação.” Ela também sugeriu
que eu usasse fórmula, enquanto o leite não descia. Havia só colostro... O pior profissional é
aquele que diz ser o que não é. Não diga nada. Ou então, diga: “Eu apoio a
fórmula infantil.” Sim, eu sei. A fórmula deixa a vida de alguns pediatras bem
mais fácil, o bebê engorda; e o consultório cheio, o bebê adoece.
Não voltei mais naquele consultório. Primeiro,
porque a despeito da falta de estímulo e orientação daquela pediatra, eu
aprendi a amamentar. Segundo, porque sendo amamentado, meu
filho não adoeceu.
Conheça meu novo blog: Beith Lehem, A Casa do Pão.
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